quinta-feira, 24 de março de 2016

Toca Raul!

Dias atrás estava lançada uma modinha no facebook: era um pequeno teste com perguntas e respostas pessoais que a gente responde e depois passa pros amigos responderem também e vemos quem conhece mais a nosso respeito.

Conforme a galera foi respondendo, eu ia acompanhando o ranking!
Tinha gente indo bem, tinha gente não indo tão bem assim, e tinha gente indo mal.

Acabei criando uma confusão na minha cabeça.

Afinal, seria melhor que todo mundo fosse bem e gabaritasse um quiz sobre mim ou que todos errassem e não soubessem nada sobre essa pessoa aqui que vos fala?

Na primeira opção, se acertassem tudo,  me sentiria muito exposta. Completamente óbvia e esperada.
Como se eu não pudesse surpreender ninguém. Como se eu nunca pudesse ser como a esfinge: "Decifra-me ou te devoro". Porque todo mundo me decifraria, eu seria tão transparente como a mais clara das águas e morreria de fome.

Na segunda opção, se errassem muito, também me sentiria desconfortável. Se ninguém sabe nada sobre mim, é porque não estão conseguindo ver com clareza quem eu sou de verdade. Isso indicaria um problema meu de não estar transmitindo nas minhas atitudes, autenticidade... e sei lá, talvez um minimo de coerência e lógica.

Quando você não sabe muito sobre uma pessoa que você convive, a sensação é a de que ela seria uma caixa de surpresas. Bom, pra mim isso é meio ruim...esse negócio de nunca saber como o outro vai reagir ou agir, ou o que vai pensar ou deixar de pensar. Não quero ser uma daquelas pessoas que fazem os outros imaginarem " Como será que ela estará hoje!?" Não gosto disso. Conheço pessoas que são desse jeito, e a sensação que elas me trazem remetem a um pouco de dissimulação. Sei lá!

Não é preciso quebrar muito a cabeça, na verdade... porque o ideal está na cara! Equilíbrio entre uma coisa e outra. Entre que o que se mostra e o que se esconde. É poder surpreender, ao mesmo tempo que o teu melhor já tenha sido descoberto e esperado, assim como o teu pior.

Pensando bem , esse texto é uma grande bobagem!
O que as pessoas esperam, pensam, supõe e cogitam sobre nós, são problemas e expectativas alheias.
Não estamos aqui para corresponder a elas. Pelo contrário. Muito pelo contrário.  Cada um de nós, passa por momentos muito particulares de descobertas e aprendizados, de respeito a si mesmo e nos ideais que acredita...e no que somos capazes de fazer naquele dia.

O ideal é ser translúcida!!
É deixar que vejam que existem coisas por trás...só que na verdade, nunca haverá tanta nitidez!


Que acertem!
Que errem!
Joguem!
Descubram sobre mim as respostas daquele dia, enfim!
Por que elas são instáveis.
Mudo e me modifico a todo momento.
E por isso, translucído... porque podem me ver, mas a clareza sempre será imprecisa. Depende da minha luz e em como ela reflete em você, e como resultado disso, a sua imagem sobre mim será criada.

E uma imagem, por mais transparente que seja, nunca será uma cópia fiel. Por que ela só representará, aquele segundo, aquele instante em que foi formada.
Em seguida: Transformação!

Obrigada Raul!
Agora entendi sobre o que tudo isso se tratava afinal:
Eu também prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo!

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