quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Saudade tem gosto!

Hoje o pessoal do trabalho quis ir em um restaurante novo que inaugurou faz pouco tempo lá no condomínio empresarial. Apesar de ser um pouco mais caro do que nos costumamos frequentar, resolvemos experimentar, afinal, estava sendo muito bem falado e visitado.

Era self service! Tudo fluia como sempre. Dá uma geral, vê o que tem de bom, escolhe lá as preferências frente as opções, monta seu pratinho, pesa e senta á mesa com os colegas.

Foram necessárias duas garfadas apenas!
Duas garfadas que fizeram a minha fome sumir, minha cabeça girar, meus pés afundarem no chão.

É que na primeira, o sabor que eu senti, me remeteu até um bar, lá em Pinheiros que fui com você, Antônio. Minha memória gustativa já tinha sentido um gosto muito parecido com aquele que estava na minha boca.

E  na segunda, foi pra confirmar que definitivamente, aquela comida me transportava mais além que até Pinheiros. Me transportava até você.

Era como se eu não quisesse estar mais ali, onde eu estava naquele momento!
Todo aquele estímulo no paladar e na memória, me deu uma vontade imensa de correr atrás de você. De estar com você. De comer de novo naquele lugar em que já estivemos.

O sabor de uma comida que sim, era boa, de repente ficou amarga.
Me senti tonta e fora de órbita! Minha sensação era de que meu corpo estava ali na mesa, mas que minha alma, se debatia aqui dentro, fazia força para sair, como se tentasse me tirar dali de onde eu estava para ir ao teu encontro.

Tive que parar de comer. Simplesmente não descia. Aquele sabor estava ativando alguma atividade cerebral neuroquímica em alguma parte do córtex definido como: "lembranças para esquecer."

Deu vontade de chorar, deu vontade de sumir, e por alguns longos segundos senti que nada fazia sentido.Várias cenas passaram pelos meus olhos, tipo aquilo que dizem que acontece quando a gente morre, ver toda a vida ser resumida e reproduzida como num filme.

Acho que foi isso que aconteceu. Por alguns instantes ali eu morri. Não estava mais em mim. Estava em você. E aí constatei que quando a gente sai do nosso EU pra morar em outro, digamos, SEU... era como se eu tivesse novamente me colocando em segundo plano, e deixando de agir como eu deveria ou queria, me colocando nas tuas mãos e deixando você me controlar. 

Ora bolas! Acabei de falar aqui mesmo que chega de máscaras! Chega de personagens!

Isso me fez ir voltando a realidade, aos poucos. Me lembrei de que você não merecia assim, tanto gasto energético, tanta tempestade. Entendi que talvez mais tarde, eu escutaria novamente uma música, que me lembraria você, que não são poucas aliás!

Ou até,  que veria um filme que você tanto elogiou. 
Lembrei que poderia sentir o seu perfume em alguém que passasse por perto como também já aconteceu. E que isso faria doer de novo.

Certo...que você mexeu com todos meus sentidos, isso é fato! Pra que mentir? Isso porque nem vou citar teus toques, e as sensações que eles me causavam.

Por fim, me ocorreu também outra coisa...

Posso ter sentido saudade, mas essa saudade era sem sentido...

Porque tudo passa! Por que apesar dos pesares, está passando!

Sorria =) Você está Superando!
Mais uma!

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